sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Lição 8

O MILAGRE DA VIDA
Como duas células impessoais geram um ser humano pessoal?
Por Ana Lídia C. Hohne


É apenas uma célula, nada mais. Dezenas delas o corpo dessa mulher já descartou, uma de cada vez, menstruação após menstruação. Esta célula, por si mesma, é incapaz de gerar vida, quanto mais um ser humano! É apenas um óvulo, nada mais. 
Da parte dele também é apenas mais uma célula. O corpo desse homem já descartou milhares delas desde o início de sua puberdade. Toda vez que ejaculou, esse homem expeliu entre 60 e 150 milhões de células semelhantes que, por si mesmas, são igualmente incapazes de gerar vida humana. São apenas espermatozóides, nada mais.
Mas dessa vez a história foi diferente. Um milagre aconteceu! Pouco depois que o ovário dessa mulher liberou pela “enésima” vez um óvulo (como outro qualquer), ele se encontrou com espermatozóides expelidos por esse homem durante uma relação sexual. Os dois já fizeram sexo várias vezes, mas é a primeira vez que um óvulo dela se unirá a um espermatozóide dele. Nesse momento, centenas de espermatozóides cercam esse único óvulo, tentando unir-se a ele. Mas apenas um, dentre todos, conseguirá. 
Da união desse óvulo com esse espermatozóide resultará um indivíduo único – nenhum outro ser humano possuirá o mesmo genótipo deste, cuja vida se inicia agora. Todas as suas características foram nesse momento determinadas, mesmo que não consigamos ainda distingui-las. 

“Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.”
(Salmo 139.16) 

Uma célula impessoal se une a outra célula impessoal e, num ato de Deus, formam um ser pessoal, cuja vida começa agora a se desenvolver. Deus, o Autor da vida, acabou de formar um novo e único ser humano.

Da 1ª à 5ª semana de gestação (1º mês da gravidez)
Em apenas 24 horas essas duas células, que milagrosamente se tornaram uma única célula cheia de vida, vão começar a se multiplicar.
Não foi a mulher quem fez esse bebê, nem o homem com quem ela fez sexo. A mulher sequer é capaz de sentir que há um novo ser humano dentro dela. Nem seu corpo sabe direito que Deus acabou de iniciar uma nova vida em seu interior.
A cada 24 horas esse pequeno ser humano dobra de tamanho, e a mulher provavelmente só descobrirá que está grávida quando seu bebê já tiver três semanas de vida, que equivalem a cinco semanas na contagem da gestação. 

Quando ela descobrir que está grávida, o cérebro e o sistema nervoso de seu bebê já estarão em pleno desenvolvimento, e o seu coraçãozinho já terá começado a bater suavemente. Todos os órgãos e tecidos têm plena condição de se desenvolver por si mesmos, com a bênção do Deus que sustenta todo o universo, Aquele que dá vida e respiração a todo ser que existe.

“é ele mesmo [o próprio Deus] quem dá a todos vida, respiração e tudo mais”
(Atos 17.25 - NTLH)


Da 6ª a 8ª semana de gestação (2º mês da gravidez)
Na 6ª semana muitos órgãos começam a se formar: olhos, braços, fígado, bexiga, estômago e intestinos, pulmões e pâncreas. O coração já pode ser ouvido batendo com força e ritmo apropriados.
Durante a 7ª semana o bebê dobrará de tamanho. Os olhos continuarão a se desenvolver, os ouvidos, a boca e a língua também. As pernas e os braços surgem, e as mandíbulas já se tornam visíveis.
É na 8ª semana que o cerebelo começa a se formar – ele é a parte do cérebro responsável pelo movimento dos músculos. O bebê agora já tem um rostinho. As mãos, os pés, os cotovelos e pulsos estão em pleno desenvolvimento: nas mãos surge a divisão entre o polegar e os outros dedos. Os olhos desenvolvem-se mais – aparece agora pigmentação na retina. Inicia-se a formação dos dentes dentro das gengivas. E o coração começa a formar suas quatro cavidades.

Da 9ª à 12ª semana de gestação (3º mês da gravidez)
A cartilagem e os ossos do bebê iniciam sua formação na 9ª semana, bem como os órgãos sexuais. Os dedos aos poucos tomam forma e o bebê começa a se mover cada vez mais dentro do útero.
Muitas mulheres só percebem que estão grávidas agora, quando falha a sua segunda menstruação. A barriga ainda não aparece, e ela não consegue sentir o bebê mexer, pois ele tem apenas cerca de 20 milímetros.
O processo de crescimento da criança é bastante rápido e agora já começam a surgir no bebê os mamilos, o pâncreas, a vesícula biliar e o ânus. Na 10ª semana o lábio de cima já está completamente formado. O bebê já quadruplicou de tamanho, ainda que pese somente quatro gramas. Os olhos e as orelhas se desenvolvem, os braços e pernas aumentam de tamanho e os dedos ganham melhor forma. O cérebro ganhará 25 mil neurônios por minuto.
Na 11ª semana, se for menino, iniciará a formação do pênis; se for menina, a da vagina. Todos os órgãos vitais já estão formados e começam a funcionar corretamente.
As unhas do bebê se tornam visíveis na 12ª semana. O cérebro começa a ficar com a mesma estrutura que terá na época do nascimento. No fim desta semana, a vesícula e o pâncreas estarão completamente desenvolvidos. O bebê agora abre e fecha a boca e se mexe bastante, mas a mãe ainda não sente. Ele está com aproximadamente 54 milímetros e 14 gramas – é um ser humano do tamanho de um grão de feijão!

Da 13ª à 25ª semana de gestação (do 3º ao 5º mês da gravidez)
O bebê está completamente formado e a maioria dos órgãos funciona!
Ele pode bocejar e mexer as mãos. O aparelho vocal está pronto: pregas vocais, palato e laringe estão completas. Já é capaz de mexer os pulsos, os cotovelos e os dedos abrem e fecham. Ele começa a praticar os movimentos para respirar, chuchar e engolir. Franze o nariz e as sobrancelhas, engole líquido amniótico e é possível observar seu diafragma realizar alguns movimentos respiratórios.
Na 15ª semana o bebê já pode virar a cabeça, abrir a boca, dar pontapés, juntar os lábios e virar os pés. O coração bombeia 24 litros de sangue por dia. Na 17ª semana ele irá piscar os olhos, sugar, engolir e até soluçar. Durante este mês o peso dele aumentará seis vezes. O cabelo e as sobrancelhas começam a crescer. Na 19ª semana o bebê terá cerca de 15 centímetros e 240 gramas.
Na 20ª semana o mais importante já se desenvolveu. O bebê acorda e dorme, tal como um recém-nascido. Os movimentos dos braços e pernas aumentam à medida que os músculos e ossos ficam mais fortes.
Os sentidos do bebê estão se desenvolvendo. Pelo paladar ele consegue detectar sabores no líquido amniótico. Também ouve e reage a ruídos exteriores: ele consegue ouvir o coração e a voz da mãe, as conversas do pai e até música! Suas feições já estão praticamente definidas.
Ao final da 24ª semana ele pesa cerca de 850 gramas e mede aproximadamente 35 centímetros. Movimenta-se com muita frequência quando está acordado, e suga o polegar.
Se ele nascer agora, com 25 semanas (entre o 5º e o 6º mês de gravidez), já tem 50% de chance de sobreviver.

“Foram as tuas mãos que me formaram e me fizeram... O Senhor cobriu a minha carne de pele e me deu uma estrutura de ossos e tendões. Na sua bondade me deu vida e cuidou do meu espírito” 
(Jó 10.8,11-12 – NVI/BV).

Da 26ª à 40ª semana de gestação (do 6º ao 9º mês da gravidez)
Os membros do bebê (mãos e pés) já estão completamente formados. Como seu sistema respiratório está bem mais desenvolvido, ele já consegue respirar pelo nariz. A sua pele começa a ficar macia e a textura do seu cabelo começa a ser definida. À medida que o bebê cresce e engorda, o espaço diminui. Mas ele não para de se mexer e de se virar.
Na 28ª semana ele já está pronto, mas ainda é muito frágil. Por isso, nas próximas semanas o bebê irá crescer e ganhar peso, graças ao aumento dos músculos e ao acúmulo de gordura.
A partir da 36ª semana ele já pode nascer saudável e em segurança. O ideal é que nasça entre a 38ª e a 40ª semanas de gestação. Mas desde a 22ª semana, com a ajuda médica, há bebês prematuros que já conseguem sobreviver.

O milagre da vida
E pensar que de apenas duas células impessoais Deus dá vida a um novo ser humano. É um milagre ver como numa única célula (unida por Deus) há uma pessoa completa em potencial. E seu desenvolvimento não precisa de nenhuma intervenção humana. É Deus quem “tece” cada ser humano dentro do ventre materno, cada osso, cada músculo, cada órgão, de maneira assombrosamente maravilhosa!

“Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no ventre de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra”
(Salmo 139.13-15)

Fontes de pesquisa:
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI96057-17650,00-GRAVIDEZ+DA+CONCEPCAO+AO+NASCIMENTO+DO+BEBE.html
http://bebes.kazulo.pt/4972/gravidez-semana-a-semana:-da-concepcao-ao-parto.htm
http://www.bebes.com.pt/gravidez_semana_a_semana
http://www.desiringgod.org/resource-library/articles/ten-reasons-why-it-is-wrong-to-take-the-life-of-unborn-children



ABORTO: PRINCIPAIS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
Motivos que levam adolescentes e jovens a escolher o aborto.
Razões físicas, emocionais, bíblicas e morais para que não façam essa escolha.
Por Ana Lídia C. Hohne



“Não. Não é possível que eu esteja grávida!”
É o primeiro pensamento da maioria das jovens que se descobrem grávidas sem ter planejado um filho nesse momento da vida.
Junto com a descoberta, vêm os pensamentos e sentimentos de insegurança, remorso, angústia, desespero e medo, muito medo.

Principais razões porque adolescentes e jovens escolhem o aborto
A natureza do tema, em si, é polêmica. Muitos estudos têm sido feitos a respeito, mas como os motivos pelos quais cada pessoa faz uma escolha são subjetivos, elencar todos eles se torna uma tarefa quase impossível.
Ainda assim, as razões mais comuns que levam adolescentes e jovens (e até mulheres adultas) a fazer um aborto são conhecidas.

1.    Medo
O medo é uma das principais forças motivadoras para a decisão por um aborto. Não devemos subestimar o medo – ele é uma emoção muito forte, que pode dominar o coração e a mente de uma pessoa. O medo pode nos paralisar ou nos levar a tomar decisões que, sem ele, jamais tomaríamos. Quando uma jovem se descobre grávida de um filho não desejado, pode ser tomada por diferentes tipos de medo. Qualquer um deles, se for alimentado por amigos, parentes ou por ela mesma, pode fazer com que abra mão de princípios e valores, e opte por tirar a vida de seu bebê. O medo pode se apresentar em diferentes proporções e de diferentes formas.
a.    Medo da reação da família – é o mais comum entre adolescentes e jovens não casadas. A maioria dos pais não gostaria de ver sua filha grávida sem estar casada com um bom homem. Se ela tiver menos de 17 anos, então, essa ideia se torna aterrorizadora! É natural que os pais, que amam suas filhas adolescentes, não queiram vê-las gerar um filho sendo ainda tão jovens, imaturas, sem ter os estudos completados e sem um bom marido que as possa apoiar. A maioria dos pais sonha em ser avós, mas não quando seus filhos ainda são pouco mais que crianças. A adolescente sabe disso. Por isso tem plena consciência que, ao ficar grávida, estará desapontando tremendamente seus pais, e receia causar-lhes mágoas, tristeza, sofrimento, raiva, revolta.




Esse é um medo compreensível. Assumir erros para as pessoas que amamos é muito difícil – ainda mais um erro que pode resultar num bebê! Não podemos fugir das consequências de nossas escolhas erradas. Se tivemos coragem de fazer sexo antes do casamento, precisamos encontrar coragem para assumir essa escolha e sua consequência: a gravidez. Um aborto será apenas mais um erro. E, ao contrário do que dizem, o mais comum é que os pais descubram. Um aborto não é um procedimento simples. Há adolescentes que pensam que basta tomar um “remédio” e ninguém vai perceber. Mas mesmo o aborto químico (via ingestão de comprimidos) causa cólicas muito fortes, sangramento intenso e muitas vezes requer socorro médico (veja neste blog o artigo: O aborto e seus métodos cruéis). Dificilmente a adolescente consegue esconder dos pais. Pelo contrário, frequentemente ela precisa pedir a ajuda deles para que o aborto seja concluído com menos danos à sua saúde. Por isso, se optar pelo aborto, a gravidez e o sexo fora do casamento têm grande chance de serem descobertos pelos pais, também.
Mais do que medo de que os pais descubram seus erros, a jovem deveria temer a Deus, que deu vida ao bebê que está em seu ventre, e ter medo do aborto, que oferece grandes riscos à saúde, além de sérias consequências físicas e emocionais (veja mais abaixo: Consequências físicas, emocionais e espirituais do aborto). Reconhecer o erro, arrepender-se dele e confessar os pecados a Deus e aos pais será sempre a melhor escolha (1Jo 1.9). Pode não ser fácil, mas certamente o aborto é a escolha mais difícil (pode não parecer, mas é).
b.    Medo da reação dos amigos – também comum entre adolescentes e jovens é o medo da reação dos amigos. Elas sabem que serão alvo de comentários, críticas e desaprovação. Como nessa idade as amizades são muito importantes, a opinião dos amigos conta muito. Nenhuma adolescente quer ser desaprovada por eles. E ainda há o receio de ser excluída do grupo. Afinal, quem vai chamar uma adolescente grávida para festas e shows, quem vai querer ir ao shopping ou ao cinema com ela e um bebê?Outro medo compreensível. O mais irônico é que, em geral, os mesmos amigos que a estimularam a ter relações sexuais antes do casamento serão alguns dos que a criticarão pela gravidez. Os falsos amigos e os superficiais provavelmente serão os que comentarão pelos cantos, em desaprovação. Mas Deus pode trazer amigos sinceros e verdadeiros, especialmente amigos cristãos, que não devem aprovar a escolha do sexo fora do casamento, mas darão apoio à adolescente durante a gravidez e na criação do bebê (Pv 17.17).
c.  Medo do futuro – a gravidez e o bebê certamente vão alterar toda a vida da mulher. Se for adolescente ou jovem, então, muitos dos seus sonhos não poderão se realizar, e seus planos para o futuro terão de ser modificados. Há medo de não concluir o colegial ou a faculdade; medo de não conseguir um bom emprego; medo de não encontrar um bom companheiro para casar (quem quer casar com uma moça que já tem um filho?).O futuro pertence a Deus. Se Deus decidiu dar vida ao bebê que a jovem carrega no ventre, certamente Ele sabe o que está fazendo (leia neste blog o artigo: Estou grávida: e agora? – itens 6 e 7). Sim, talvez seja necessário mudar de projetos. Mas lembre-se: não apenas o futuro dela, mas também o do bebê pertencem a Deus (Sl 37.5).
d. Medo da gravidez e do parto – há mulheres que têm medo da gravidez e do parto, especialmente por falta de informação. Receiam ficar “gordas”, com estrias, com os seios flácidos, ou com o corpo deformado. Têm medo das dores de parto, do parto natural, da anestesia, ou da cesariana.
Deus criou a gravidez e o parto. Certamente Ele sabia o que estava fazendo! Grávidas não estão gordas, estão grávidas! Não é excesso de gordura que faz a barriga crescer, mas um ser humano que está crescendo lá dentro. Se a gestante, durante a gravidez, não exagerar na comida, depois do parto voltará ao seu peso natural em poucos meses. Estrias e celulites fazem parte da vida de toda mulher, não apenas das grávidas. Todas as mulheres têm após os 30 anos (e outras bem antes disso). Para evitar os seios flácidos, basta conversar com o obstetra; ele saberá orientar como evitar isso. O primeiro parto sempre é assustador. Antes de passar por ele, naturalmente temos medo de como será. Mesmo as mulheres que planejaram seus filhos costumam sentir esse medo. Há medicações que podem ajudar na dor, e há mulheres que quase nem sentem dor! Creia em Deus, Ele sempre sabe o que faz. Lembre-se: milhares de mulheres passam por isso e não se arrependem, pelo contrário, até decidem ter outros filhos.
e. Medo de não saber criar o bebê – outro medo muito comum é o de não saber criar o bebê. Esse medo é natural mesmo entre mulheres adultas, casadas e que planejaram o filho. É comum termos medo de algo novo, medo do desconhecido. A ideia de ser mãe pela primeira vez pode ser assustadora! Se uma mulher adulta sente medo de ser mãe, imagine uma adolescente.
A Palavra de Deus diz que “o perfeito amor lança fora o medo” (1Jo 4.18). A gravidez na adolescência ou fora do casamento é resultado de uma pessoa que amou mais a si mesma, a seus próprios prazeres, a seus próprios desejos, do que a Deus. Por isso, é natural que essa gravidez gere medo, porque é resultado de um amor pelas coisas erradas. Mas o perfeito amor, que é o amor a Deus, esse “lança fora o medo”. O versículo continua, dizendo: “Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor”. A Bíblia constata que “o medo produz tormento”. E esse tormento pode levar uma jovem a tomar a decisão errada pelo aborto. Assim, não será aperfeiçoada no amor,; nem no amor a Deus, que deu vida ao bebê, nem em amor ao próximo, que é o seu próprio filho no ventre. A única maneira de “lançar fora o medo” é entregar-se ao verdadeiro perfeito amor: entregar-se ao amor de Deus, amá-Lo de todo coração, confiar Nele e, então, amar o bebê. Firmada nesse amor, a jovem mãe pode descansar que aprenderá a cuidar do seu filho, tão logo ele chegar, como toda mãe aprende a cuidar do seu primeiro bebê (1Jo 4.19-21). Há mulheres mais experientes que podem ajudar a jovem a aprender a cuidar do bebê. Há também boa literatura cristã, com orientações práticas para a educação de filhos. A jovem que escolher amar a Deus e a seu bebê se interessará por procurar ajuda, e Deus proverá.
f. Medo de não ser mais amada – Há adolescentes que já não se sentiam amadas antes de engravidar. Muitas delas se entregaram ao sexo porque queriam se sentir amadas pelo namorado ou pelo rapaz com quem tiveram relação sexual. Com a gravidez, sentem-se mais aterrorizadas pela possibilidade de não serem amadas. Uma moça que pensa assim acha que o rapaz que a engravidou vai odiá-la, que os pais deixarão de amá-la, que nenhum outro homem jamais a amará, enfim, que todos a abandonarão – a ela e ao bebê.Em primeiro lugar, essa jovem precisa saber que Deus a ama imensamente (Jo 3.16). A Bíblia diz que nada pode nos separar do amor de Deus (Rm 8.35-39). E que mesmo que todos a abandonem, o Senhor jamais a desamparará (Sl 27.10). São promessas do Deus que não mente! Se, por um lado, infelizmente, muitos rapazes abandonam a namorada grávida, por outro lado, em geral, a maioria das famílias, passado o susto inicial, apoia a manutenção da gravidez e ajudam na criação do bebê.

2.  Culpa e remorso
Muitas jovens são dominadas pela culpa e pelo remorso depois de descobrirem que estão grávidas. Esses sentimentos às vezes são tão fortes que podem levá-las a pensar que, se fizerem o bebê “sumir”, a culpa e o remorso “sumirão” também.
Ledo engano. Nada pior que um aborto para aumentar o sentimento de culpa numa mulher (veja mais abaixo: Consequências físicas e emocionais do aborto). Além disso, nenhuma decisão tomada com base nesses sentimentos poderá resultar em boa coisa. A única maneira de se ver livre da culpa e do remorso é confessar a Deus o pecado, crer no perdão libertador de Jesus Cristo (1Jo 1.9) e aceitar o plano Dele para sua vida e a do bebê.

3.    Orgulho
Como é difícil admitir um erro! Muitas jovens, ainda mais as cristãs, não têm coragem de passar pela humilhação de reconhecer que erraram fazendo sexo antes do casamento. A gravidez é a prova do seu erro. Todos saberão; e tudo que ela vê pela frente é a vergonha que terá de enfrentar quando descobrirem. Seu orgulho é capaz de cegá-la ao ponto de cogitar tirar a vida de seu filho em nome de preservar sua imagem de “boa-moça” diante da família, dos amigos e da igreja.
Não é à toa que orgulho é pecado. Se nos deixarmos guiar pelo orgulho sempre faremos escolhas erradas. Como é difícil o cultivo da humildade, a disposição de reconhecer que somos pecadores, e que sem o perdão de Deus nada vale a pena. O que vale ganhar o respeito do mundo inteiro e perder a própria alma? (Mt 16.26) Um dia Cristo voltará e retribuirá a cada um conforme as suas obras (Mt 16.27). Não vale a pena, por orgulho, matar seu bebê no ventre, só para manter sua imagem diante dos homens. Diante de Deus essa moça continuará a ser uma pecadora que necessita de graça e perdão (Rm 3.23).

4.    Estupro
Na lei brasileira é permitido abortar o bebê em caso de estupro. Isso porque a jovem, além de ter sofrido imensamente com o abuso sexual, ainda se depara com o fato de estar grávida de seu estuprador. É terrível! Ser violentada já é absurdamente traumático, imagine ver-se grávida daquele que a estuprou. Em solidariedade ao sofrimento da mulher violentada, a sociedade tem aprovado a prática do aborto nesses casos.
Primeiro, é importante destacar que a incidência de gravidez resultada de estupro é extremamente pequena (cerca de 0,6% nos EUA, por exemplo[melhor colocar estatística do Brasil]). É inegável o sofrimento de qualquer mulher estuprada. A mulher que se vê grávida do estupro certamente terá grandes conflitos emocionais com os quais lidar. É um fato triste. É uma realidade devastadora. Devemos sentir compaixão por essas mulheres. Contudo, não podemos deixar que nossos sentimentos ofusquem nossos valores morais. O sofrimento de um ser humano (a mulher estuprada que fica grávida) não pode justificar o assassinato de outro (o inocente bebê, que não tem culpa alguma pelo ocorrido). O nosso Deus soberano achou por bem gerar vida após essa violência. Como questioná-Lo? “Quem pode conhecer a mente do Senhor? Quem é capaz de lhe dar conselhos? Quem lhe deu lições ou ensinamentos? Quem lhe ensinou a julgar com justiça ou quis fazê-lo aprender mais coisas ou procurou lhe mostrar como ser sábio?” (Is 40.13-14 – NTLH). A Palavra de Deus diz que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28). Como poderia um bebê, dado por Deus, cooperar para o mal? E o texto bíblico continua, dizendo que aqueles que amam a Deus foram separados para “se tornarem parecidos com o seu Filho” [Jesus Cristo] (Rm 8.29). Deus permite e manda provações a fim de que Seus filhos as enfrentem com perseverança, busquem a Sua sabedoria e ajam da maneira como Jesus Cristo agiria (Tg 1.2-6,12). Por meio delas amadurecemos nossa fé, nos aproximamos de Deus e nos fortalecemos em Cristo (1Pe 1.6-7).
Apesar das circunstâncias trágicas, abusivas e violentas em que o bebê foi concebido, muitas mulheres escolhem poupar a vida do filho resultante de um estupro. A maioria das mulheres estupradas que escolhem dar à luz seus filhos sentem-se felizes por tê-los.  São inúmeros os testemunhos que encontramos em sites pro-life (pró-vida). Da mesma forma, quando adultos, os homens e as mulheres concebidos em situações de estupro elogiam a mãe porque escolheu preservar a vida. Em geral, dizem que não importa como a vida deles começou, mas importa o quanto foram amados pela mãe, e o que farão com o resto da vida. Se, para a jovem, for inconcebível criar seu bebê por causa da lembrança do estupro, há sempre a opção da adoção.

5.    Dificuldades financeiras
Um dos grandes argumentos em favor do aborto é o de que, caso a mulher, a jovem ou a adolescente não tenha condições financeiras para sustentar a criança é melhor tirá-la do ventre do que deixá-la nascer e viver com fome ou na miséria. Realmente, é assustadora a ideia de ter que arcar com as responsabilidades e as despesas de criar uma criança.
Mas também é verdade, como já dissemos, que não sabemos como será o futuro. Nem o futuro da mãe, nem o da criança. Deus, em Sua misericórdia, pode fazer milagres. E uma criança não precisa de luxo para viver. Nos primeiros dois anos, a maior parte de seu alimento pode ser dado pela própria mãe, pelo aleitamento materno. Estudos demonstram que a combinação do arroz com o feijão (típico prato brasileiro) é de excelente valor nutricional. Uma criança não precisa de roupas caras, nem de fraldas de marca ou carrinhos de bebê para sobreviver. Tudo isso é bom, traz praticidade e conforto, mas não é essencial para a sobrevivência de ninguém. Muito mais valor há em um lar amoroso, em uma família trabalhadora e temente ao Senhor. Deus não nos promete vida fácil. Mas garante cuidar de nós, e nos sustentar com alimento e vestuário, um dia após outro – e Ele é fiel (Mt 6.25-34). Além disso, por nenhum motivo cabe a nós tirar uma vida que o próprio Deus decidiu gerar. Caso a jovem e sua família de todo não tenham recursos para criar a criança, sempre há a opção de abençoar outra família entregando o bebê para adoção.
6.    Deformidades e deficiências no feto
Receber a notícia de que seu bebê pode nascer com um problema congênito é terrível! É aterrorizadora a ideia de criar uma criança que talvez não ande, não fale ou nem sequer se comunique com os pais. Imagina-se o trabalho, o preconceito, a tristeza, a luta, a dor, os médicos, as adversidades, os problemas... nada será simples nem fácil na criação dessa criança. Tomados por pensamentos e sentimentos assim, muitas mães decidem abortar o filho após receber a notícia de que o bebê pode nascer com uma deficiência física ou mental.
Deus sempre acerta nas decisões Dele. Mesmo quando não entendemos, Ele continua certo. Só Deus pode dar vida. Deus é o Criador de todo ser humano – os que nascem totalmente saudáveis, os que nascem com problemas leves de saúde, e mesmo os que nascem com deficiências graves (Sl 139.13-16). Lembre-se: Deus não comete erros! Podemos não entender a vontade Dele, mas devemos nos submeter a ela confiando que Ele tem um plano para nossa vida e para a vida do bebê que Ele criou (Rm 8.28-29). Muitas vezes Deus permite as provações para nos moldar a fim de que fiquemos mais parecidos com o Senhor Jesus (Tg 1.2-4). Muitas crianças deficientes tornam-se enorme fonte de bênçãos para seus pais e familiares. E há inúmeros casos de médicos que erram nos diagnósticos intra-uterinos. É possível que o bebê nasça saudável, ou que tenha muito menos limitações que as descritas pelo médico que fez o exame dentro do útero – quando é difícil ver claramente e prever como o feto se desenvolverá. Além disso, Deus pode fazer milagres na vida dessa criança, ou na vida de seus pais.
7. Egoísmo ou egocentrismo
Inevitavelmente, observando todas as razões anteriormente citadas, nos depararemos com o egoísmo ou egocentrismo. Juntos, todos os motivos demonstram excessiva preocupação com o conforto, os sentimentos, o orgulho, o futuro, ou os temores da moça grávida, e pouca ou nenhuma preocupação com Deus ou com a vida do bebê.
Se a mulher, por um momento, pensar que o Deus Soberano decidiu dar vida a um ser humano dentro do seu ventre, então em respeito, temor e submissão a Ele, deveria arcar com a responsabilidade de levar essa gravidez a termo e dar à luz esse bebê. E, se ela, por um momento, pensar que há um ser humano dentro de si, pequeno, frágil, inocente, mas uma pessoa como eu e você, ela não cogitaria na hipótese de matá-lo. A maioria das pessoas seria incapaz de matar uma criança fora do ventre, então porque mataria dentro? (assista ao vídeo: O milagre da vida – legendado e/ou leia neste blog o artigo: O milagre da vida).

Consequências físicas, emocionais e espirituais do aborto
Após fazer um aborto, a princípio, diversas mulheres sentem-se aliviadas. A crise gerada pela notícia da gravidez indesejada parece ter acabado, e elas querem retomar a vida normal. Contudo, para a maioria dessas mulheres, a crise não acaba. Meses e até anos depois desenvolvem inúmeros problemas em função do aborto que provocaram.

“É comum que o aborto seja a única ‘escolha’ que passa em nossa mente. Sentimos, e muitas pessoas nos dizem que seremos abandonadas se não abortarmos. Somos levadas a acreditar que não podemos levar a gravidez a diante. Nossos sentimentos de maternidade são minimizados, as pessoas nos dizem que nossos estudos e nossa carreira profissional são mais importantes que o bebê. Num momento em que estamos tão frágeis, acabamos pensando que um relacionamento tem mais valor que a vida de uma criança que ainda nem nasceu. Praticamente ninguém nos diz que, se abortarmos, teremos de lidar com crises e dores emocionais, mentais e espirituais – mesmo anos e anos mais tarde” (testemunho extraído do site: http://www.victimsofchoice.org/).

Para que mais e mais adolescentes, jovens e adultas não sofram com o desconhecimento dos riscos e das consequências de escolherem um aborto, a seguir serão descritas informações importantes.

Consequências físicas de um aborto
Ao abortar, qualquer método que se escolha é agressivo ao corpo da mulher. [se é aborto não pode ser nada menos ou mais que fatal para o feto. Dispensemos.] São diversos os riscos que a mulher corre, e não podem ser ignorados.

1.      Riscos imediatos
·      Perfuração do útero
·      Lacerações na região cervical
·      Perfuração do intestino ou de outros órgãos próximos
·      Hemorragia (perda de sangue excessiva)
·      Cólicas intensas
·      Dores agudas no útero e na região cervical
·      Retenção de resíduos do feto ou de tecidos placentários
·      Infecções
·      Aborto incompleto
·      Histerectomia (retirada parcial ou total do útero)
·      Morte

2.      Riscos a médio e longo prazos
·      Dificuldade de engravidar no futuro
·      Dificuldade para manter uma gravidez futura e levá-la a termo
·      Parto prematuro no futuro
·      Complicações em partos futuros
·      Disfunções sexuais, tais como: perda do prazer no ato sexual; dor intensa ao fazer sexo; aversão ao sexo
·      Tendência ao desenvolvimento de câncer de mama, de ovários, de útero ou de cérvix

Consequências emocionais de um aborto
Estudos demonstram que mulheres que escolhem abortar seus filhos são tomadas de grande sofrimento emocional posteriormente. Elas têm muito maior tendência a desenvolver diversas psicopatias, além de se tornarem mais predispostas ao vício em drogas e ao alcoolismo. A lista de prováveis consequências emocionais é grande, e dificilmente uma mulher escapará de desenvolver uma ou mais delas.
·         Sentimento de culpa intenso e incapacitador
·         Depressão
·         Distúrbios nervosos
·         Distúrbios de ansiedade
·         Distúrbios de sono
·         Distúrbios alimentares
·         Acessos de ira
·         Comportamento violento
·         Síndrome do pânico
·         Fobias sociais
·         Pensamentos suicidas
·         Dificuldade de relacionamentos
·         Dificuldade de criar laços afetivos com alguém do sexo oposto
·         Dificuldade de criar laços afetivos com os futuros filhos
·         Tendência a um estilo de vida promíscuo
·         Tendências à automutilação (causar ferimentos a si mesma)
·         Tendência a comportamentos de risco
·         Tendência ao uso de drogas
·         Tendência ao alcoolismo
·         Tendência ao suicídio

Consequências espirituais de um aborto
O aborto é pecado. É a transgressão do mandamento “não matarás” (Êx 20.13). Para Deus o aborto não é brincadeira! Ele não admite que se matem bebês inocentes a quem Ele mesmo decidiu dar vida. Isso afronta o Senhor e Ele promete punir as pessoas que aprovam o assassinato de crianças inocentes (Sl 106.35-40; Sl 94.6-7,21,23).
·         Como todo pecado, o aborto vai contra Deus e contra a Sua vontade.
·         Como todo pecado, o aborto nos separa de Deus (Is 59.2).
·         Como todo pecado, o aborto acaba com a nossa comunhão com o Senhor.
·         Como todo pecado, o aborto traz consequências para nossa vida.

Coragem, fé e esperança
É possível enfrentar os medos, o orgulho, o egoísmo e a culpa quando se busca o Senhor (Is 56.6-9). Em Jesus Cristo há certeza de salvação e perdão!
Não é fácil para uma adolescente cristã encarar seu pecado, enfrentar a gravidez e as pessoas que a cercam, e aprender a ser mãe antes da hora. Sem dúvida, muito mais difícil é para a jovem cristã que, por medo, egoísmo ou orgulho, decide abortar seu bebê.
Para que as coisas caminhem da maneira de Deus será necessário:
1)   que a jovem reconheça seu erro (ter feito sexo fora do casamento; ter se deixado levar por pensamentos e sentimentos como o orgulho e o egoísmo; ter praticado um aborto);
2)   que a jovem confesse a Deus o seu pecado e arrependa-se sinceramente dele (1Jo 1.9);
3)   caso a jovem ainda não tenha abortado, que ela creia na soberania de Deus (que foi Ele quem deu a vida ao bebê que está dentro dela; que não cabe a ela e nem a mais ninguém tirá-la; que Ele vai estar com ela durante a gravidez e na criação do filho; que esse bebê é providência do Senhor para aperfeiçoá-la em Cristo Jesus);
4)   caso a jovem já tenha praticado o aborto, creia que Deus é fiel para purificá-la de todo pecado e de toda injustiça, mediante nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo (1Jo 1.9).

Fontes de pesquisa
















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