O MILAGRE DA VIDA
Como duas células impessoais geram um ser humano pessoal?
Por Ana Lídia C. Hohne
É
apenas uma célula, nada mais. Dezenas delas o corpo dessa mulher já descartou,
uma de cada vez, menstruação após menstruação. Esta célula, por si mesma, é
incapaz de gerar vida, quanto mais um ser humano! É apenas um óvulo, nada mais.
Da parte dele também é apenas
mais uma célula. O corpo desse homem já descartou milhares delas desde o início
de sua puberdade. Toda vez que ejaculou, esse homem expeliu entre 60 e 150
milhões de células semelhantes que, por si mesmas, são igualmente incapazes de
gerar vida humana. São apenas espermatozóides, nada mais.
Mas dessa vez a história foi diferente. Um milagre
aconteceu! Pouco depois que o ovário dessa mulher liberou pela “enésima” vez um
óvulo (como outro qualquer), ele se encontrou com espermatozóides expelidos por
esse homem durante uma relação sexual. Os dois já fizeram sexo várias vezes,
mas é a primeira vez que um óvulo dela se unirá a um espermatozóide dele. Nesse
momento, centenas de espermatozóides cercam esse único óvulo, tentando unir-se
a ele. Mas apenas um, dentre todos, conseguirá.
Da união desse óvulo com esse
espermatozóide resultará um indivíduo único – nenhum outro ser humano possuirá
o mesmo genótipo deste, cuja vida se inicia agora. Todas as suas
características foram nesse momento determinadas, mesmo que não consigamos
ainda distingui-las.
(Salmo 139.16)
Uma célula impessoal se une a
outra célula impessoal e, num ato de Deus, formam um ser pessoal, cuja vida
começa agora a se desenvolver. Deus, o Autor da vida, acabou de formar um novo
e único ser humano.
Da 1ª à 5ª semana de gestação (1º mês da gravidez)
Em apenas 24 horas essas duas
células, que milagrosamente se tornaram uma única célula cheia de vida, vão começar
a se multiplicar.
Não foi a
mulher quem fez esse bebê, nem o homem com quem ela fez sexo. A mulher sequer é
capaz de sentir que há um novo ser humano dentro dela. Nem seu corpo sabe
direito que Deus acabou de iniciar uma nova vida em seu interior.
A cada 24 horas esse pequeno
ser humano dobra de tamanho, e a mulher provavelmente só descobrirá que está
grávida quando seu bebê já tiver três semanas de vida, que equivalem a cinco semanas
na contagem da gestação.
Quando ela descobrir que está
grávida, o cérebro e o sistema nervoso de seu bebê já estarão em pleno
desenvolvimento, e o seu coraçãozinho já terá começado a bater suavemente. Todos
os órgãos e tecidos têm plena condição de se desenvolver por si mesmos, com a
bênção do Deus que sustenta todo o universo, Aquele que dá vida e respiração a
todo ser que existe.
“é ele mesmo [o próprio Deus] quem dá a
todos vida, respiração e tudo mais”
(Atos 17.25 - NTLH)
Da 6ª a 8ª semana de gestação (2º mês da gravidez)
Na 6ª semana muitos órgãos
começam a se formar: olhos, braços, fígado, bexiga, estômago e intestinos,
pulmões e pâncreas. O coração já pode ser ouvido batendo com força e ritmo
apropriados.
Durante a 7ª
semana o bebê dobrará de tamanho. Os olhos continuarão a se desenvolver, os
ouvidos, a boca e a língua também. As pernas e os braços surgem, e as
mandíbulas já se tornam visíveis.
É na 8ª semana que o cerebelo
começa a se formar – ele é a parte do cérebro responsável pelo movimento dos
músculos. O bebê agora já tem um rostinho. As mãos, os pés, os cotovelos e
pulsos estão em pleno desenvolvimento: nas mãos surge a divisão entre o polegar
e os outros dedos. Os olhos desenvolvem-se mais – aparece agora pigmentação na
retina. Inicia-se a formação dos dentes dentro das gengivas. E o coração começa
a formar suas quatro cavidades.
Da 9ª à 12ª semana de gestação (3º mês da gravidez)
A cartilagem e os ossos do
bebê iniciam sua formação na 9ª semana, bem como os órgãos sexuais. Os dedos aos
poucos tomam forma e o bebê começa a se mover cada vez mais dentro do útero.
Muitas mulheres só percebem
que estão grávidas agora, quando falha a sua segunda menstruação. A barriga
ainda não aparece, e ela não consegue sentir o bebê mexer, pois ele tem apenas
cerca de 20 milímetros.
O processo de crescimento da
criança é bastante rápido e agora já começam a surgir no bebê os mamilos, o pâncreas,
a vesícula biliar e o ânus. Na 10ª semana o lábio de cima já está completamente
formado. O bebê já quadruplicou de tamanho, ainda que pese somente quatro gramas.
Os olhos e as orelhas se desenvolvem, os braços e pernas aumentam de tamanho e
os dedos ganham melhor forma. O cérebro ganhará 25 mil neurônios por minuto.
Na 11ª semana, se for menino, iniciará a formação do
pênis; se for menina, a da vagina. Todos os órgãos vitais já estão formados e
começam a funcionar corretamente.
As unhas do bebê se tornam
visíveis na 12ª semana. O cérebro começa a ficar com a mesma estrutura que terá
na época do nascimento. No fim desta semana, a vesícula e o pâncreas estarão
completamente desenvolvidos. O bebê agora abre e fecha a boca e se mexe
bastante, mas a mãe ainda não sente. Ele está com aproximadamente 54 milímetros
e 14 gramas – é um ser humano do tamanho de um grão de feijão!
Da 13ª à 25ª semana de gestação (do 3º ao 5º mês da
gravidez)
O bebê está completamente
formado e a maioria dos órgãos funciona!
Ele pode bocejar e mexer as
mãos. O aparelho vocal está pronto: pregas vocais, palato e laringe estão
completas. Já é capaz de mexer os pulsos, os cotovelos e os dedos abrem e
fecham. Ele começa a praticar os movimentos para respirar, chuchar e engolir.
Franze o nariz e as sobrancelhas, engole líquido amniótico e é possível
observar seu diafragma realizar alguns movimentos respiratórios.
Na 15ª semana o bebê já pode
virar a cabeça, abrir a boca, dar pontapés, juntar os lábios e virar os pés. O
coração bombeia 24 litros de sangue por dia. Na 17ª semana ele irá piscar os
olhos, sugar, engolir e até soluçar. Durante este mês o peso dele aumentará seis
vezes. O cabelo e as sobrancelhas começam a crescer. Na 19ª semana o bebê terá
cerca de 15 centímetros e 240 gramas.
Na 20ª semana
o mais importante já se desenvolveu. O bebê acorda e dorme, tal como um
recém-nascido. Os movimentos dos braços e pernas aumentam à medida que os
músculos e ossos ficam mais fortes.
Os sentidos do bebê estão se
desenvolvendo. Pelo paladar ele consegue detectar sabores no líquido amniótico.
Também ouve e reage a ruídos exteriores: ele consegue ouvir o coração e a voz
da mãe, as conversas do pai e até música! Suas feições já estão praticamente
definidas.
Ao final da 24ª semana ele pesa
cerca de 850 gramas e mede aproximadamente 35 centímetros. Movimenta-se com muita
frequência quando está acordado, e suga o polegar.
Se ele nascer agora, com 25
semanas (entre o 5º e o 6º mês de gravidez), já tem 50% de chance de
sobreviver.
“Foram as tuas
mãos que me formaram e me fizeram... O Senhor cobriu a minha carne de pele e me
deu uma estrutura de ossos e tendões. Na sua bondade me deu vida e cuidou do
meu espírito”
(Jó 10.8,11-12 – NVI/BV).
Da 26ª à 40ª semana de gestação (do 6º ao 9º mês da gravidez)
Os membros do bebê (mãos e
pés) já estão completamente formados. Como seu sistema respiratório está bem mais
desenvolvido, ele já consegue respirar pelo nariz. A sua pele começa a ficar
macia e a textura do seu cabelo começa a ser definida. À medida que o bebê
cresce e engorda, o espaço diminui. Mas ele não para de se mexer e de se virar.
Na 28ª
semana ele já está pronto, mas ainda é muito frágil. Por isso, nas próximas
semanas o bebê irá crescer e ganhar peso, graças ao aumento dos músculos e ao
acúmulo de gordura.
A partir da 36ª semana ele já
pode nascer saudável e em segurança. O ideal é que nasça entre a 38ª e a 40ª
semanas de gestação. Mas desde a 22ª semana, com a ajuda médica, há bebês
prematuros que já conseguem sobreviver.
O milagre da vida
E pensar que de apenas duas
células impessoais Deus dá vida a um novo ser humano. É um milagre ver como numa
única célula (unida por Deus) há uma pessoa completa em potencial. E seu
desenvolvimento não precisa de nenhuma intervenção humana. É Deus quem “tece”
cada ser humano dentro do ventre materno, cada osso, cada músculo, cada órgão,
de maneira assombrosamente maravilhosa!
“Pois tu formaste o meu interior, tu me
teceste no ventre de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente
maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe
muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado
e entretecido como nas profundezas da terra”
(Salmo 139.13-15)
Fontes de pesquisa:
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI96057-17650,00-GRAVIDEZ+DA+CONCEPCAO+AO+NASCIMENTO+DO+BEBE.html
http://bebes.kazulo.pt/4972/gravidez-semana-a-semana:-da-concepcao-ao-parto.htm
http://www.bebes.com.pt/gravidez_semana_a_semana
http://www.desiringgod.org/resource-library/articles/ten-reasons-why-it-is-wrong-to-take-the-life-of-unborn-children
ABORTO: PRINCIPAIS CAUSAS
E CONSEQUÊNCIAS
Motivos que levam adolescentes e jovens a escolher o
aborto.
Razões físicas, emocionais, bíblicas e morais para que
não façam essa escolha.
Por Ana Lídia C. Hohne
“Não. Não é possível que eu
esteja grávida!”
É o primeiro pensamento da
maioria das jovens que se descobrem grávidas sem ter planejado um filho nesse
momento da vida.
Junto com a descoberta, vêm
os pensamentos e sentimentos de insegurança, remorso, angústia, desespero e
medo, muito medo.
Principais razões porque adolescentes e jovens escolhem
o aborto
A natureza do tema, em si, é
polêmica. Muitos estudos têm sido feitos a respeito, mas como os motivos pelos
quais cada pessoa faz uma escolha são subjetivos, elencar todos eles se torna
uma tarefa quase impossível.
Ainda assim, as razões mais
comuns que levam adolescentes e jovens (e até mulheres adultas) a fazer um
aborto são conhecidas.
1. Medo
O medo é uma das principais forças
motivadoras para a decisão por um aborto. Não devemos subestimar o medo – ele é
uma emoção muito forte, que pode dominar o coração e a mente de uma pessoa. O
medo pode nos paralisar ou nos levar a tomar decisões que, sem ele, jamais
tomaríamos. Quando uma jovem se descobre grávida de um filho não desejado, pode
ser tomada por diferentes tipos de medo. Qualquer um deles, se for alimentado
por amigos, parentes ou por ela mesma, pode fazer com que abra mão de
princípios e valores, e opte por tirar a vida de seu bebê. O medo pode se
apresentar em diferentes proporções e de diferentes formas.
a.
Medo da reação da família – é o mais comum entre adolescentes e jovens não
casadas. A maioria dos pais não gostaria de ver sua filha grávida sem estar
casada com um bom homem. Se ela tiver menos de 17 anos, então, essa ideia se
torna aterrorizadora! É natural que os pais, que amam suas filhas adolescentes,
não queiram vê-las gerar um filho sendo ainda tão jovens, imaturas, sem ter os
estudos completados e sem um bom marido que as possa apoiar. A maioria dos pais
sonha em ser avós, mas não quando seus filhos ainda são pouco mais que
crianças. A adolescente sabe disso. Por isso tem plena consciência que, ao
ficar grávida, estará desapontando tremendamente seus pais, e receia
causar-lhes mágoas, tristeza, sofrimento, raiva, revolta.
Esse é um medo compreensível. Assumir erros para as pessoas que
amamos é muito difícil – ainda mais um erro que pode resultar num bebê! Não
podemos fugir das consequências de nossas escolhas erradas. Se tivemos coragem
de fazer sexo antes do casamento, precisamos encontrar coragem para assumir
essa escolha e sua consequência: a gravidez. Um aborto será apenas mais um
erro. E, ao contrário do que dizem, o mais comum é que os pais descubram. Um
aborto não é um procedimento simples. Há adolescentes que pensam que basta
tomar um “remédio” e ninguém vai perceber. Mas mesmo o aborto químico (via
ingestão de comprimidos) causa cólicas muito fortes, sangramento intenso e
muitas vezes requer socorro médico (veja neste blog o artigo: O aborto e seus métodos cruéis).
Dificilmente a adolescente consegue esconder dos pais. Pelo contrário,
frequentemente ela precisa pedir a ajuda deles para que o aborto seja concluído
com menos danos à sua saúde. Por isso, se optar pelo aborto, a gravidez e o
sexo fora do casamento têm grande chance de serem descobertos pelos pais, também.
Mais do que medo de que os pais descubram seus erros, a jovem
deveria temer a Deus, que deu vida ao bebê que está em seu ventre, e ter medo
do aborto, que oferece grandes riscos à saúde, além de sérias consequências físicas
e emocionais (veja mais abaixo: Consequências
físicas, emocionais e espirituais do aborto). Reconhecer o erro,
arrepender-se dele e confessar os pecados a Deus e aos pais será sempre a
melhor escolha (1Jo 1.9). Pode não ser fácil, mas certamente o aborto é a
escolha mais difícil (pode não parecer, mas é).
b.
Medo da reação dos amigos – também comum entre adolescentes e jovens é o medo
da reação dos amigos. Elas sabem que serão alvo de comentários, críticas e
desaprovação. Como nessa idade as amizades são muito importantes, a opinião dos
amigos conta muito. Nenhuma adolescente quer ser desaprovada por eles. E ainda
há o receio de ser excluída do grupo. Afinal, quem vai chamar uma adolescente
grávida para festas e shows, quem vai querer ir ao shopping ou ao cinema com
ela e um bebê?Outro medo compreensível. O mais irônico
é que, em geral, os mesmos amigos que a estimularam a ter relações sexuais
antes do casamento serão alguns dos que a criticarão pela gravidez. Os falsos
amigos e os superficiais provavelmente serão os que comentarão pelos cantos, em
desaprovação. Mas Deus pode trazer amigos sinceros e verdadeiros, especialmente
amigos cristãos, que não devem aprovar a escolha do sexo fora do casamento, mas
darão apoio à adolescente durante a gravidez e na criação do bebê (Pv 17.17).
c. Medo do futuro – a gravidez e o bebê certamente vão alterar toda a
vida da mulher. Se for adolescente ou jovem, então, muitos dos seus sonhos não
poderão se realizar, e seus planos para o futuro terão de ser modificados. Há
medo de não concluir o colegial ou a faculdade; medo de não conseguir um bom
emprego; medo de não encontrar um bom companheiro para casar (quem quer casar
com uma moça que já tem um filho?).O futuro pertence a Deus. Se Deus decidiu dar vida ao bebê que a
jovem carrega no ventre, certamente Ele sabe o que está fazendo (leia neste
blog o artigo: Estou grávida: e agora? –
itens 6 e 7). Sim, talvez seja necessário mudar de projetos. Mas lembre-se:
não apenas o futuro dela, mas também o do bebê pertencem a Deus (Sl 37.5).
d. Medo da
gravidez e do parto – há mulheres que
têm medo da gravidez e do parto, especialmente por falta de informação. Receiam
ficar “gordas”, com estrias, com os seios flácidos, ou com o corpo deformado. Têm
medo das dores de parto, do parto natural, da anestesia, ou da cesariana.
Deus criou a gravidez e o parto. Certamente Ele sabia o que
estava fazendo! Grávidas não estão gordas, estão grávidas! Não é excesso de
gordura que faz a barriga crescer, mas um ser humano que está crescendo lá
dentro. Se a gestante, durante a gravidez, não exagerar na comida, depois do
parto voltará ao seu peso natural em poucos meses. Estrias e celulites fazem
parte da vida de toda mulher, não apenas das grávidas. Todas as mulheres têm após
os 30 anos (e outras bem antes disso). Para evitar os seios flácidos, basta
conversar com o obstetra; ele saberá orientar como evitar isso. O primeiro
parto sempre é assustador. Antes de passar por ele, naturalmente temos medo de
como será. Mesmo as mulheres que planejaram seus filhos costumam sentir esse
medo. Há medicações que podem ajudar na dor, e há mulheres que quase nem sentem
dor! Creia em Deus, Ele sempre sabe o que faz. Lembre-se: milhares de mulheres
passam por isso e não se arrependem, pelo contrário, até decidem ter outros
filhos.
e. Medo de não saber criar o bebê – outro medo muito comum é o de não saber criar o
bebê. Esse medo é natural mesmo entre mulheres adultas, casadas e que planejaram
o filho. É comum termos medo de algo novo, medo do desconhecido. A ideia de ser
mãe pela primeira vez pode ser assustadora! Se uma mulher adulta sente medo de
ser mãe, imagine uma adolescente.
A Palavra de Deus diz que “o perfeito amor lança fora o medo” (1Jo
4.18). A gravidez na adolescência ou fora do casamento é resultado de uma
pessoa que amou mais a si mesma, a seus próprios prazeres, a seus próprios
desejos, do que a Deus. Por isso, é natural que essa gravidez gere medo, porque
é resultado de um amor pelas coisas erradas. Mas o perfeito amor, que é o amor
a Deus, esse “lança fora o medo”. O versículo continua, dizendo: “Ora, o medo produz tormento; logo, aquele
que teme não é aperfeiçoado no amor”. A Bíblia constata que “o medo produz
tormento”. E esse tormento pode levar uma jovem a tomar a decisão errada pelo
aborto. Assim, não será aperfeiçoada no amor,; nem no amor a Deus, que deu vida
ao bebê, nem em amor ao próximo, que é o seu próprio filho no ventre. A única
maneira de “lançar fora o medo” é entregar-se ao verdadeiro perfeito amor:
entregar-se ao amor de Deus, amá-Lo de todo coração, confiar Nele e, então,
amar o bebê. Firmada nesse amor, a jovem mãe pode descansar que aprenderá a
cuidar do seu filho, tão logo ele chegar, como toda mãe aprende a cuidar do seu
primeiro bebê (1Jo 4.19-21). Há mulheres mais experientes que podem ajudar a jovem
a aprender a cuidar do bebê. Há também boa literatura cristã, com orientações práticas
para a educação de filhos. A jovem que escolher amar a Deus e a seu bebê se
interessará por procurar ajuda, e Deus proverá.
f. Medo de não ser mais amada – Há adolescentes que já não se sentiam amadas antes
de engravidar. Muitas delas se entregaram ao sexo porque queriam se sentir
amadas pelo namorado ou pelo rapaz com quem tiveram relação sexual. Com a
gravidez, sentem-se mais aterrorizadas pela possibilidade de não serem amadas.
Uma moça que pensa assim acha que o rapaz que a engravidou vai odiá-la, que os
pais deixarão de amá-la, que nenhum outro homem jamais a amará, enfim, que
todos a abandonarão – a ela e ao bebê.Em primeiro lugar, essa jovem precisa
saber que Deus a ama imensamente (Jo 3.16). A Bíblia diz que nada pode nos
separar do amor de Deus (Rm 8.35-39). E que mesmo que todos a abandonem, o
Senhor jamais a desamparará (Sl 27.10). São promessas do Deus que não mente!
Se, por um lado, infelizmente, muitos rapazes abandonam a namorada grávida, por
outro lado, em geral, a maioria das famílias, passado o susto inicial, apoia a
manutenção da gravidez e ajudam na criação do bebê.
2. Culpa e remorso
Muitas jovens são dominadas pela culpa e
pelo remorso depois de descobrirem que estão grávidas. Esses sentimentos às
vezes são tão fortes que podem levá-las a pensar que, se fizerem o bebê
“sumir”, a culpa e o remorso “sumirão” também.
Ledo engano. Nada pior que um aborto
para aumentar o sentimento de culpa numa mulher (veja mais abaixo: Consequências físicas e emocionais do aborto).
Além disso, nenhuma decisão tomada com base nesses sentimentos poderá resultar
em boa coisa. A única maneira de se ver livre da culpa e do remorso é confessar
a Deus o pecado, crer no perdão libertador de Jesus Cristo (1Jo 1.9) e aceitar
o plano Dele para sua vida e a do bebê.
3. Orgulho
Como é difícil admitir um erro! Muitas
jovens, ainda mais as cristãs, não têm coragem de passar pela humilhação de
reconhecer que erraram fazendo sexo antes do casamento. A gravidez é a prova do
seu erro. Todos saberão; e tudo que ela vê pela frente é a vergonha que terá de
enfrentar quando descobrirem. Seu orgulho é capaz de cegá-la ao ponto de cogitar
tirar a vida de seu filho em nome de preservar sua imagem de “boa-moça” diante
da família, dos amigos e da igreja.
Não é à toa que orgulho é
pecado. Se nos deixarmos guiar pelo orgulho sempre faremos escolhas erradas.
Como é difícil o cultivo da humildade, a disposição de reconhecer que somos
pecadores, e que sem o perdão de Deus nada vale a pena. O que vale ganhar o
respeito do mundo inteiro e perder a própria alma? (Mt 16.26) Um dia Cristo
voltará e retribuirá a cada um conforme as suas obras (Mt 16.27). Não vale a
pena, por orgulho, matar seu bebê no ventre, só para manter sua imagem diante
dos homens. Diante de Deus essa moça continuará a ser uma pecadora que
necessita de graça e perdão (Rm 3.23).
4. Estupro
Na lei brasileira é permitido abortar o
bebê em caso de estupro. Isso porque a jovem, além de ter sofrido imensamente
com o abuso sexual, ainda se depara com o fato de estar grávida de seu
estuprador. É terrível! Ser violentada já é absurdamente traumático, imagine
ver-se grávida daquele que a estuprou. Em solidariedade ao sofrimento da mulher
violentada, a sociedade tem aprovado a prática do aborto nesses casos.
Primeiro, é importante destacar que a
incidência de gravidez resultada de estupro é extremamente pequena (cerca de
0,6% nos EUA, por exemplo[melhor colocar estatística do Brasil]). É inegável o
sofrimento de qualquer mulher estuprada. A mulher que se vê grávida do estupro
certamente terá grandes conflitos emocionais com os quais lidar. É um fato
triste. É uma realidade devastadora. Devemos sentir compaixão por essas
mulheres. Contudo, não podemos deixar que nossos sentimentos ofusquem nossos
valores morais. O sofrimento de um ser humano (a mulher estuprada que fica
grávida) não pode justificar o assassinato de outro (o inocente bebê, que não
tem culpa alguma pelo ocorrido). O nosso Deus soberano achou por bem gerar vida
após essa violência. Como questioná-Lo? “Quem
pode conhecer a mente do Senhor? Quem é capaz de lhe dar conselhos? Quem lhe
deu lições ou ensinamentos? Quem lhe ensinou a julgar com justiça ou quis
fazê-lo aprender mais coisas ou procurou lhe mostrar como ser sábio?” (Is
40.13-14 – NTLH). A Palavra de Deus diz que “todas
as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28). Como
poderia um bebê, dado por Deus, cooperar para o mal? E o texto bíblico
continua, dizendo que aqueles que amam a Deus foram separados para “se tornarem parecidos com o seu Filho” [Jesus
Cristo] (Rm 8.29). Deus permite e manda provações a fim de que Seus filhos as
enfrentem com perseverança, busquem a Sua sabedoria e ajam da maneira como
Jesus Cristo agiria (Tg 1.2-6,12). Por meio delas amadurecemos nossa fé, nos
aproximamos de Deus e nos fortalecemos em Cristo (1Pe 1.6-7).
Apesar das circunstâncias trágicas,
abusivas e violentas em que o bebê foi concebido, muitas mulheres escolhem poupar
a vida do filho resultante de um estupro. A maioria das mulheres estupradas que
escolhem dar à luz seus filhos sentem-se felizes por tê-los. São inúmeros os testemunhos que encontramos
em sites pro-life (pró-vida). Da mesma forma, quando adultos, os homens e as
mulheres concebidos em situações de estupro elogiam a mãe porque escolheu preservar
a vida. Em geral, dizem que não importa como a vida deles começou, mas importa
o quanto foram amados pela mãe, e o que farão com o resto da vida. Se, para a
jovem, for inconcebível criar seu bebê por causa da lembrança do estupro, há
sempre a opção da adoção.
5. Dificuldades financeiras
Um dos grandes argumentos em favor do
aborto é o de que, caso a mulher, a jovem ou a adolescente não tenha condições
financeiras para sustentar a criança é melhor tirá-la do ventre do que deixá-la
nascer e viver com fome ou na miséria. Realmente, é assustadora a ideia de ter
que arcar com as responsabilidades e as despesas de criar uma criança.
Mas também é verdade, como já dissemos,
que não sabemos como será o futuro. Nem o futuro da mãe, nem o da criança.
Deus, em Sua misericórdia, pode fazer milagres. E uma criança não precisa de
luxo para viver. Nos primeiros dois anos, a maior parte de seu alimento pode
ser dado pela própria mãe, pelo aleitamento materno. Estudos demonstram que a
combinação do arroz com o feijão (típico prato brasileiro) é de excelente valor
nutricional. Uma criança não precisa de roupas caras, nem de fraldas de marca
ou carrinhos de bebê para sobreviver. Tudo isso é bom, traz praticidade e
conforto, mas não é essencial para a sobrevivência de ninguém. Muito mais valor
há em um lar amoroso, em uma família trabalhadora e temente ao Senhor. Deus não
nos promete vida fácil. Mas garante cuidar de nós, e nos sustentar com alimento
e vestuário, um dia após outro – e Ele é fiel (Mt 6.25-34). Além disso, por
nenhum motivo cabe a nós tirar uma vida que o próprio Deus decidiu gerar. Caso
a jovem e sua família de todo não tenham recursos para criar a criança, sempre
há a opção de abençoar outra família entregando o bebê para adoção.
6. Deformidades e deficiências no feto
Receber a notícia de que seu bebê pode
nascer com um problema congênito é terrível! É aterrorizadora a ideia de criar
uma criança que talvez não ande, não fale ou nem sequer se comunique com os
pais. Imagina-se o trabalho, o preconceito, a tristeza, a luta, a dor, os
médicos, as adversidades, os problemas... nada será simples nem fácil na
criação dessa criança. Tomados por pensamentos e sentimentos assim, muitas mães
decidem abortar o filho após receber a notícia de que o bebê pode nascer com
uma deficiência física ou mental.
Deus sempre acerta nas decisões Dele.
Mesmo quando não entendemos, Ele continua certo. Só Deus pode dar vida. Deus é
o Criador de todo ser humano – os que nascem totalmente saudáveis, os que
nascem com problemas leves de saúde, e mesmo os que nascem com deficiências
graves (Sl 139.13-16). Lembre-se: Deus não comete erros! Podemos não entender a
vontade Dele, mas devemos nos submeter a ela confiando que Ele tem um plano
para nossa vida e para a vida do bebê que Ele criou (Rm 8.28-29). Muitas vezes
Deus permite as provações para nos moldar a fim de que fiquemos mais parecidos
com o Senhor Jesus (Tg 1.2-4). Muitas crianças deficientes tornam-se enorme fonte
de bênçãos para seus pais e familiares. E há inúmeros casos de médicos que
erram nos diagnósticos intra-uterinos. É possível que o bebê nasça saudável, ou
que tenha muito menos limitações que as descritas pelo médico que fez o exame
dentro do útero – quando é difícil ver claramente e prever como o feto se
desenvolverá. Além disso, Deus pode fazer milagres na vida dessa criança, ou na
vida de seus pais.
7. Egoísmo ou
egocentrismo
Inevitavelmente, observando todas as razões
anteriormente citadas, nos depararemos com o egoísmo ou egocentrismo. Juntos,
todos os motivos demonstram excessiva preocupação com o conforto, os
sentimentos, o orgulho, o futuro, ou os temores da moça grávida, e pouca ou
nenhuma preocupação com Deus ou com a vida do bebê.
Se a mulher, por um momento, pensar que
o Deus Soberano decidiu dar vida a um ser humano dentro do seu ventre, então em
respeito, temor e submissão a Ele, deveria arcar com a responsabilidade de
levar essa gravidez a termo e dar à luz esse bebê. E, se ela, por um momento,
pensar que há um ser humano dentro de si, pequeno, frágil, inocente, mas uma
pessoa como eu e você, ela não cogitaria na hipótese de matá-lo. A maioria das
pessoas seria incapaz de matar uma criança fora do ventre, então porque mataria
dentro? (assista ao vídeo: O milagre da
vida – legendado e/ou leia neste blog o artigo: O milagre da vida).
Consequências físicas, emocionais e espirituais do
aborto
Após fazer um aborto, a
princípio, diversas mulheres sentem-se aliviadas. A crise gerada pela notícia
da gravidez indesejada parece ter acabado, e elas querem retomar a vida normal.
Contudo, para a maioria dessas mulheres, a crise não acaba. Meses e até anos
depois desenvolvem inúmeros problemas em função do aborto que provocaram.
“É comum que o aborto seja a única ‘escolha’ que passa
em nossa mente. Sentimos, e muitas pessoas nos dizem que seremos abandonadas se
não abortarmos. Somos levadas a acreditar que não podemos levar a gravidez a
diante. Nossos sentimentos de maternidade são minimizados, as pessoas nos dizem
que nossos estudos e nossa carreira profissional são mais importantes que o
bebê. Num momento em que estamos tão frágeis, acabamos pensando que um
relacionamento tem mais valor que a vida de uma criança que ainda nem nasceu.
Praticamente ninguém nos diz que, se abortarmos, teremos de lidar com crises e
dores emocionais, mentais e espirituais – mesmo anos e anos mais tarde”
(testemunho extraído do site: http://www.victimsofchoice.org/).
Para que mais e mais
adolescentes, jovens e adultas não sofram com o desconhecimento dos riscos e
das consequências de escolherem um aborto, a seguir serão descritas informações
importantes.
Consequências físicas de um aborto
Ao abortar, qualquer método
que se escolha é agressivo ao corpo da mulher. [se é aborto não pode ser nada
menos ou mais que fatal para o feto. Dispensemos.] São diversos os riscos que a
mulher corre, e não podem ser ignorados.
1. Riscos imediatos
· Perfuração do útero
· Lacerações na região cervical
· Perfuração do intestino ou de
outros órgãos próximos
· Hemorragia (perda de sangue
excessiva)
· Cólicas intensas
· Dores agudas no útero e na região
cervical
· Retenção de resíduos do feto ou
de tecidos placentários
· Infecções
· Aborto incompleto
· Histerectomia (retirada parcial
ou total do útero)
· Morte
2. Riscos a médio e longo prazos
· Dificuldade de engravidar no
futuro
· Dificuldade para manter uma
gravidez futura e levá-la a termo
· Parto prematuro no futuro
· Complicações em partos futuros
· Disfunções sexuais, tais como:
perda do prazer no ato sexual; dor intensa ao fazer sexo; aversão ao sexo
· Tendência ao desenvolvimento de
câncer de mama, de ovários, de útero ou de cérvix
Consequências emocionais de um aborto
Estudos demonstram que
mulheres que escolhem abortar seus filhos são tomadas de grande sofrimento
emocional posteriormente. Elas têm muito maior tendência a desenvolver diversas
psicopatias, além de se tornarem mais predispostas ao vício em drogas e ao
alcoolismo. A lista de prováveis consequências emocionais é grande, e
dificilmente uma mulher escapará de desenvolver uma ou mais delas.
·
Sentimento de culpa intenso e incapacitador
·
Depressão
·
Distúrbios nervosos
·
Distúrbios de ansiedade
·
Distúrbios de sono
·
Distúrbios alimentares
·
Acessos de ira
·
Comportamento violento
·
Síndrome do pânico
·
Fobias sociais
·
Pensamentos suicidas
·
Dificuldade de relacionamentos
·
Dificuldade de criar laços afetivos com alguém do sexo oposto
·
Dificuldade de criar laços afetivos com os futuros filhos
·
Tendência a um estilo de vida promíscuo
·
Tendências à automutilação (causar ferimentos a si mesma)
·
Tendência a comportamentos de risco
·
Tendência ao uso de drogas
·
Tendência ao alcoolismo
·
Tendência ao suicídio
Consequências espirituais de um aborto
O aborto é pecado. É a
transgressão do mandamento “não matarás” (Êx 20.13). Para Deus o aborto não é
brincadeira! Ele não admite que se matem bebês inocentes a quem Ele mesmo
decidiu dar vida. Isso afronta o Senhor e Ele promete punir as pessoas que
aprovam o assassinato de crianças inocentes (Sl 106.35-40; Sl 94.6-7,21,23).
·
Como todo pecado, o aborto vai contra Deus e contra a Sua vontade.
·
Como todo pecado, o aborto nos separa de Deus (Is 59.2).
·
Como todo pecado, o aborto acaba com a nossa comunhão com o Senhor.
·
Como todo pecado, o aborto traz consequências para nossa vida.
Coragem, fé e esperança
É possível enfrentar os
medos, o orgulho, o egoísmo e a culpa quando se busca o Senhor (Is 56.6-9). Em
Jesus Cristo há certeza de salvação e perdão!
Não
é fácil para uma adolescente cristã encarar seu pecado, enfrentar a gravidez e
as pessoas que a cercam, e aprender a ser mãe antes da hora. Sem dúvida, muito
mais difícil é para a jovem cristã que, por medo, egoísmo ou orgulho, decide
abortar seu bebê.
Para
que as coisas caminhem da maneira de Deus será necessário:
1)
que a jovem reconheça seu erro (ter feito sexo fora do
casamento; ter se deixado levar por pensamentos e sentimentos como o orgulho e
o egoísmo; ter praticado um aborto);
2)
que a jovem confesse a Deus o seu pecado e arrependa-se sinceramente
dele (1Jo 1.9);
3)
caso a jovem ainda não tenha abortado, que ela creia na soberania de
Deus (que foi Ele quem deu a vida ao bebê que está dentro dela; que não cabe a
ela e nem a mais ninguém tirá-la; que Ele vai estar com ela durante a gravidez
e na criação do filho; que esse bebê é providência do Senhor para aperfeiçoá-la
em Cristo Jesus);
4)
caso a jovem já tenha praticado o aborto, creia que Deus é fiel para
purificá-la de todo pecado e de toda injustiça, mediante nosso Salvador e
Senhor Jesus Cristo (1Jo 1.9).
Fontes de pesquisa
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